Case tratamento de efluentes de lavanderia

Introdução

O presente relatório tem como intuito demonstrar as melhores condições de floculação para a estação de tratamento de efluentes de uma lavanderia. O cliente relatou que a etapa de floculação não está sendo eficiente. O tratamento será unicamente por processos químicos.

A floculação é um fenômeno físico-químico que envolve a dosagem de produtos químicos (os floculantes ou coagulantes) para precipitação e desestabilização de suspensões coloidais de partículas sólidas, que de outra maneira, não poderiam ser retiradas do corpo hídrico a ser tratado. A sucesso do processo depende de:

  • pH correto de aplicação;
  • Dosagem adequada;
  • Agitação adequada.

Há basicamente duas famílias de produtos químicos utilizados em uma floculação/coagulação: Os coagulantes e os polímeros auxiliares de floculação.

A função do coagulante é unir as partículas suspensas em um aglomerado e assim formar o que se é chamado de “floco”. Já os polímeros, são utilizados para aumentar o peso molecular do floco já criado, aumentando consideravelmente a velocidade de decantação e diminuindo a dosagem de coagulante no sistema, além de reduzir o tempo de residência, melhorando a clarificação do efluente final.

Característica do efluente

O efluente coletado na saída da caixa de gordura do sistema de tratamento de efluentes do cliente, contém as seguintes característica:

  • Alto teor de minério de ferro
  • Alto teor de tensoativos solúveis
  • pH 12 +/- 1
  • Cor avermelhado
  • Alta turbidez
  • Baixa carga orgânica

Ensaios de Jar test

Para analisar as melhores condições de clarificação, foi-se realizado um ensaio de Jar test em béqueres cilíndricos de vidro com volume total de 2000ml. Em cada béquer foi-se adicionado 1000ml de amostra da ETE do cliente. A agitação é de origem mecânica e com frequência padrão de 60rpm.

Os seguintes testes foram realizados:

TESTE 1

Amostra como veio da ETE, sem dosagem de ácido sulfúrico ou qualquer produto.

TESTE 2

Etapas:

1º Dosagem de ácido sulfúrico até PH 6,8 +/- 0,2. V = 2,5ml sol. 5% Ac. Sulfúrico

2º Dosagem de 0,3ml PAC 18%/1000ml até PH 6,5 +/- 0,5

3º Dosagem de 1ml de polímero aniônico de alto peso molecular e média carga 1% (dosagem final = 0,01ml/1000ml)

Ensaio de sedimentação no Cone Imhoff (aproximado):

5ml – 20segundo

10ml – 50segundos

Volume final de sedimentação apróx. 10ml.

Velocidade média de sedimentação = 0,167 ml/ segundo

Aparência Final

TESTE 3

Etapas:

1º Dosagem de ácido sulfúrico até PH 6,8 +/- 0,2. V = 2,5ml sol. 5% Ac. Sulfúrico

2º Dosagem de 0,3ml PAC 18%/1000ml até PH 6.5+/- 0.5.

Ensaio de sedimentação no Cone Imhoff (aproximado):

5ml – 180 segundos

10ml – 320 segundos

Volume final de sedimentação apróx. 10ml

Velocidade média de sedimentação = 0,0358ml /segundo

Aparência final

TESTE 4

Etapas:

1º Dosagem de ácido sulfúrico até PH 6,8 +/- 0,2. V = 2,5ml sol. 5% Ac. Sulfúrico

2º Dosagem de 0,4ml PAC 18%/1000ml até PH 6.5+/- 0.5

Aparência final

Conclusões

  • O PH ideal de floculação para o PAC nesse efluente é na faixa de 6,5 +/- 0,5;
  • A dosagem de PAC ótima é na faixa de 0,3ml/1000ml;
  • A dosagem de PAC acima de 0,3ml/1000ml não apresenta melhora em qualquer parâmetro do tratamento (vide TESTE 4);
  • A adição de 0,00001% de polímero (após o PAC) aumenta quase que 5 vezes a velocidade de decantação;
  • A adição de 0,00001% de polímero aumenta em pelo menos 37% o peso de lodo decantando seco;
  • A adição de 0,00001% de polímero não aumenta o volume final de lodo, mas sim o peso, concluindo-se que o lodo é muito mais denso com adição de polímero;
  • O TESTE 2 mostrou-se a condição ideal para clarificação do dado efluente;
  • O Efluente após clarificado apresentou características compatíveis para um possível REUSO

Recomendação de tratamento

  • Corrigir o pH do efluente bruto de 10.7 para 6.5 +/- 0.5 com adição de uma solução de ácido sulfúrico
    Dosagem de solução manual de 2% PAC* na faixa de pH 6,5;
  • Instalação de bomba dosadora ETATRON dosando solução de polímero aniônico a 0,5% * em baixa vazão;
  • A quantidade de polímero dosado deverá ser cerca 30 vezes a menos que PAC;
  • *Recomenda-se utilizar o PAC e o polímero diluídos devido a agitação da ETE ser por aeração e trabalhar com bateladas de baixo volume.

Benefícios do tratamento

  • Adequação as normas de descarte de efluentes locais;
  • Diminuição da dosagem atual de PAC;
  • Diminuição do tempo de residência do efluente do reator/misturador;
  • Diminuição do volume de lodo;
  • Possibilidade de reuso do efluente, diminuindo cota de água e explorando o marketing de primeira lavanderia com reuso de água de São Luís.

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